quinta-feira, junho 26, 2014

[Música] Dave Lombardo: o gênio do Slayer

Recentemente, como se a vida fosse fácil, me peguei lendo uma biografia do Slayer (de Joel McIver) antes de dormir. Apesar do horário escolhido não ser lá muito apropriado (afinal você quer ouvir as músicas das quais o autor está falando enquanto você lê), o livro é excelente! Não que eu gostasse muito da banda (fui no show deles ano passado quando abriram pro Iron Maiden e, uau, parecia uma única música de 40 minutos), mas sempre adorei ler biografias. Enfim, acabou que terminei o livro em uma semana e... fiquei fã da banda.





É o que acontece quando o livro é bem escrito (!!). E aí me animei em escrever alguma coisa sobre esses ilustres senhores do Thrash.
Mas o que escrever, não é? A história da banda? Talvez, mas puts resumir um livro de 300 páginas em um post... simplesmente não dá. Sobre um disco? Nhééé... põe no Google que ele te dá todas as informações. E depois de refletir um pouco decidi por destrinchar um pouco mais o verdadeiro artista por detrás do Slayer: o cubano Dave Lombardo!
"Ah meu Deus! Ele é um dos melhores baterista de metal de todos os tempos! O pai do bumbo duplo! Aaaaa!" disso sabemos. O que nem todos sabem (ou sabem e eu é que não era lá muito bem informada) é que no hiato de 10 anos em que Dave esteve fora da banda (de 1992 a 2002, mais ou menos) o músico participou de inúmeros projetos, sendo que a maioria não tinha nada a ver com o som de sua banda principal.
Um desses projetos, por exemplo, foi a sua participação no álbum Vivaldi: The Meeting lançado em 1999. Sim, caros, música clássica. Confira aqui (é meio bizarro)! Além disso, ele participou de um supergrupo de avant-garde metal ou metal experimental chamado Fantômas a partir de 1998 (juntamente com Mike Patton - Faith No More -, Buzz Osborne -The Melvins -e Trevor Dunn - Mr. Bunggle). O nome veio de um vilão de uma série francesa bastante antiga. O som do grupo é interessantíssimo, mas pra maioria das pessoas, chato pra caramba, já que eles abusam do experimentalismo. E se você pensou "Ah, então eu vou gostar! Eu adoro o The Piper at the Gates of Dawn do Floyd!"... não. Pra se ter uma ideia do nível de criatividade dos envolvidos (ou quem sabe de substâncias tóxicas no sangue) o estilo dos caras foi apelidado de Dada-Metal, sabe aquele movimento artístico do início dos anos 1900? O Dadaísmo? Aquele que você observa a obra e começa a babar e a sentir que seu cérebro vai fundir se continuar olhando aquilo (ou tentando entender aquilo) por muito mais tempo? Pois é... mais ou menos isso!
Mas o conceito por trás da coisa é fascinante. Por exemplo, o álbum Delìrivm Còrdia (2004) - clique em cima do nome para ouvir - é composto por uma única música que gira em torno do tema de uma cirurgia realizada sem anestesia. Não possui letra, apenas uma combinação bastante perturbadora de metal, sons diversos, cantos meio gregorianos, barulhos etc. Incrível como a música te provoca. Algumas pessoas (não sei se perturbadas por conta da música!) afirmam ainda que se você acelera a música ainda é possível ouvir sons inteligíveis (como barulho de água). Confesso que não tentei, mas fiquei com vontade (hehe).


Os outros trabalhos da banda também são muito interessantes e, sinceramente, vale a pena conferir (segue abaixo alguns links para outros álbuns):
Fantômas (1999)
Já está acabando. Aguente firme.
Outra banda da qual Lombardo fez parte durante suas "férias" do Slayer foi o Grip Inc. (com Waldemar Sorychta - Voodoocult -, Jason Viebrooks e Gus Chambers no início). Na realidade ela foi idealizada pelo próprio e era bem diferente, tanto do Slayer quanto do próprio Fantômas (tem alguma coisa parecida com aquilo?): eles tocavam Groove Metal. Depois de sua aparente demissão do Slayer em 2013, o baterista reativou o Grip Inc. (todos precisamos ganhar dinheiro). O som é muito bacana, pesado, com mudanças bruscas de andamento (mas bem diferente do que é feito pelo Slayer), umas melodias intercaladas que, puts, dão aquela temperada na música (nossa, que brega). O vocal varia um pouco chegando a um estilo gritado que, sinceramente, não me agrada muito (a voz do Araya, por enquanto, é o meu limite). Aqui vai um link pra vocês conferirem o álbum Nemesis de 1997.


Chega, né? É claro que tem muito mais coisas pra serem faladas sobre o Lombardo, mas é pra isso que existe Google e inclusão digital hoje em dia. Até!



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